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Mauricio Paiva
Mauricio Paiva foi dirigente atuante do movimento estudantil em Belo Horizonte: no período mais candente das lutas estudantis, em 1967/68, foi secretário-geral do DCE-UFMG. Nessa época, foi várias vezes preso pelos órgãos de repressão política. Participou, a seguir, da resistência armada contra o regime. Em janeiro de 1969 acabaria novamente preso, num confronto em que saiu ferido a tiros. Passou um ano e meio em prisões e quartéis de Belo Horizonte, do Rio de Janeiro e de Juiz de Fora, onde conheceu a ditadura em suas horríveis entranhas. Em meados de junho de 1970 foi libertado da prisão e banido para a Argélia, em troca do embaixador alemão. Daquele país partiu logo para Cuba, com o propósito de preparar a volta clandestina à resistência no Brasil. Acabaria vivendo nove anos e meio no exílio: quase dois anos em Cuba, um ano e meio no Chile, perto de um ano na Argentina e cinco anos em Portugal. Em cada um desses países, viveu circunstâncias dramáticas e foi, mais por azar do que por sorte, testemunha da história. É isso que Mauricio Paiva conta no livro O sonho exilado.