Neste primeiro romance memorável, a jovem escritora francesa Céline Curiol aborda, com grande maturidade, o amor e os relacionamentos, as dificuldades internas e as ambigüidades dos sentimentos numa grande cidade. Ela leva seus personagens ao coração da Paris de hoje com todas as suas tragédias, pintando um emocionante, mas também melancólico, retrato de nossa vida contemporânea.
Em "Voz Sem Saída", Curiol une humor, paixão e feminilidade para falar do amor. No livro, a narradora, uma jovem que se sente obsessivamente atraída por um homem que está apaixonado por outra, “bela como um anjo”. A narradora é uma mulher invisível: nunca diz o seu nome e, na maior parte do tempo, é identificada apenas por sua voz, que anuncia as chegadas e partidas de trens na Gare du Nort, uma das principais estações da capital francesa. Solitária, ela encontra, numa noite de bebedeira, este homem por quem se sente atraída. Misturando presente e passado numa narrativa de frases curtas, Curiol apresenta os personagens a partir de uma perspectiva existencial e intimista, que se aproxima do estilo de Marguerite Duras. Depois do sucesso de A voz sem saída, a crítica européia também filiou a autora a um rol de notáveis que inclui Thomas Mann, Samuel Beckett e Paul Auster.