Enquanto tiver alento e capacidade, não deixarei de filosofar e de exortar a qualquer de vós que eu venha a encontrar: não vos preocupardes com o corpo nem com riquezas, mas pordes o maior empenho no aperfeiçoamento da alma.— Platão, Apologia de Sócrates Para Sócrates, a atividade intelectual era uma extensa provocação pedagógica à prática das virtudes. Em vez de teorizar, o filósofo conversava informalmente com os seus concidadãos, exortando-os a uma vida livre e responsável, pautada na consciência das virtudes que fortalecem o caráter e realizam a felicidade. Na sua época, como na nossa, não faltava quem procurasse relativizar a verdade moral e atenuar a objetividade do bem. É necessário, portanto, que fomentemos os bons hábitos das faculdades superiores que chamamos de virtudes para alcançar esse aperfeiçoamento da alma, devemos buscar e praticar as virtudes no dia-a-dia. Ancorado na tradição filosófica clássica e na espiritualidade católica, Virtudes no cotidiano nos convoca, por meio de exercícios práticos e linguagem simples, a assumir uma atitude madura e responsável diante da vida. Somente a reflexão sobre nossas ações cotidianas e o contínuo exame de consciência a respeito das próprias motivações permitirão que não sejamos governado pelos instintos e que conquistemos assim uma vida digna de ser vivida.