Esse livro contribui para expandir a produção e a circulação de conhecimentos no campo dos estudos feministas sobre violências contra mulheres e lutas por direitos no Brasil. As perspectivas teóricas da interseccionalidade e/ou do feminismo decolonial (ou descolonial) perpassam e conectam os capítulos apresentados nessa obra. Desse modo, as autoras criticam e vão além da análise unidimensional de gênero e da temática da violência doméstica que ainda predominam nesse campo de estudos. O livro contribui, também, para aprofundar a relação entre a teoria e a práxis feministas, inserindo-se na construção de epistemologias feministas do Sul que têm por base o pensamento e a práxis interseccional e decolonial.

Com base em pesquisas empíricas e/ou em suas práticas em diferentes movimentos de mulheres, as autoras analisam, sob a perspectiva da interseccionalidade e/ou do feminismo decolonial, formas de violência, resistências e lutas por direitos protagonizadas por mulheres negras, indígenas, români (ciganas), lésbicas, trans e com deficiência. As violências e resistências, examinadas em cada capítulo, ocorrem em variados contextos sociais e institucionais, em diversas cidades e regiões do Brasil.