Na contramão das narrativas de viagem que buscam o estrangeiro e o exótico, em meados do século XIX, Almeida Garrett vai ao encontro das paisagens, da história e das tradições de seu país em “Viagens na minha terra”. Mais do que uma jornada geográfica, o leitor embarca em uma série de reflexões sobre a guerra civil, o confronto entre absolutistas e liberais, e os impasses econômicos de um país que procurava se definir. Por meio da história de amor de Joaninha e Carlos, o narrador faz, na verdade, uma análise simbólica da realidade portuguesa no século XIX.