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O pesquisador B. J. Barickman trabalhou mais de três anos revisando a tradução da edição brasileira de O CONTRAPONTO BAIANO, que inclui ainda adaptações e novos e relevantes acréscimos. Lançado originalmente em 1998 nos Estados Unidos, trata-se do primeiro livro do autor, que usou o tema como tese de doutorado, depois de desenvolver uma afinidade com o nosso país que começou nos anos 70, e de aprender a falar português "na marra", como diz. Barickman, professor da Universidade do Arizona, é um dos principais brasilianistas da atualidade e neste livro apresenta um estudo detalhado sobre a diversidade da economia escravista, que desafia um conceito clássico: o de que a agricultura destinada à exportação inibiu o desenvolvimento da agricultura para abastecimento do mercado interno. Entre outras inovações, o livro revela que "os escravos tinham o direito de controlar pelo menos uma parte de suas vidas e impor algumas restrições aos senhores". Bert Barickman é um dos mais respeitados e conhecidos historiadores dedicados ao Brasil no exterior. Investigando o Recôncavo Baiano, uma das muitas e das mais importantes regiões de plantation do Novo Mundo, o autor revela peculiaridades da região. Apesar da produção do açúcar ter sido combinada ao trabalho escravo, o Recôncavo cultivava um outro importante produto de exportação: o fumo. Este, um produto de importância estratégica que serviu como moeda de troca no comércio de escravos. Fazendo contraponto com esses dois produtos, estava a mandioca - grande parte de sua produção era destinada ao consumo interno. Assim, ao combinar o estudo desses três produtos e sua relação com a escravidão, Barickman desafia os registros da história, criando uma obra original e inovadora. Segundo o autor, o aumento da agricultura de exportação no Recôncavo, principalmente a partir do final do século XVIII, contribuiu para o aumento do plantio da mandioca, produto vital para a alimentação de uma crescente população escrava e livre. O estudo acrescenta que os próprios escravos plantavam mandioca em suas roças de subsistência. Além de apresentar a história social da economia da região, povoada com histórias da vida de personagens que humanizam a teoria, Barickman prova com dados - preços e cotações dos produtos no mercado exterior - o que diz, abalizando sua tese. Resultado de pesquisas exaustivas, cuidadosas e com uma argumentação impecável, UM CONTRAPONTO BAIANO consegue, enfim, desfazer alguns nós da historiografia brasileira. Uma obra definitiva sobre a economia do Recôncavo nos séculos XVIII e XIX e um ponto de partida dos mais valiosos para investigar a história social e cultural da região.
Nome
UM CONTRAPONTO BAIANO: AÇUCAR, FUMO, MANDIOCA E ESCRAVIDAO NO RECONCAVO, 1780-1860
CodBarra
9788520005385
Segmento
Humanidades
Encadernação
Brochura
Idioma
Português
Data Lançamento
17/03/2003
Páginas
448
Peso
675,00
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