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Livro do escritor natalense reúne 84 poemas divididos em três partes que estabelecem uma dicção poética entre o cotidiano, o onírico e o surreal. Ilustrações de Andressa Dantas e orelha de Maria Luiza Chacon. Capa e projeto gráfico de Sílvia Nastari.
O livro foi contemplado com o auxílio da Lei Aldir Blanc, edital implementado pelo Governo do Estado do RN, prêmio de poesia Luís Carlos Guimarães
Os versos de Pedro Lucas Bezerra constroem uma poética atravessada por visões transfiguradoras do cotidiano. O poema que dá título ao livro aponta para uma poesia que se afirma como um discurso de urgência sensorial, que combina o acaso, o prosaico e as alterações de percepção. Como dizem os versos de “Trem fantasma”, a poesia é a linguagem de uma “comunidade emudecida”, que “fala para dentro”; mas a engenharia da poesia consiste justamente em “ligar o Unívoco ao Outro”, estabelecendo uma comunicação secreta entre sensibilidades apartadas.
A poesia do autor combina influências contemporâneas e um prosaísmo moderno ao teor surrealista da percepção da realidade — em uma linhagem com forte tradição na literatura brasileira —, que envereda para o visionário mas não deixa de entrever o dado objetivo e primeiro da experiência. O eu lírico, aqui, é uma voz que procura no cotidiano e na paisagem urbana a marca do sensível e daquilo que ainda está por ser descoberto.
Trem fantasma é o livro de estreia do poeta Pedro Lucas Bezerra e reúne mais de oitenta poemas, divididos em três partes: “Tábuas de maré”, “Tábuas de horário” e “Os aterrados”. A paisagem da cidade do autor, Natal (RN), marca uma geografia ao mesmo tempo pessoal e coletiva, que vai dos lugares públicos aos espaços privados e cotidianos. Becos, viadutos, as avenidas, o porto e o mar estão povoados de personagens à procura de um lugar: os trabalhadores, os marinheiros, os peixes, a musa ausente, as mulheres que cospem fogo e o próprio poeta em sua epopeia íntima. A delicadeza do cotidiano se abre para a perplexidade do sentido redescoberto ou intuído, com grande força e, muitas vezes, com contornos apocalípticos.
A topografia natalense e os locais conhecidos da cidade compõem a primeira parte, em poemas de movimento marítimo, como indica o nome da seção: “Tábuas de marés”. Os ritmos da cidade se comunicam e se contrapõem aos ritmos naturais. Na segunda parte, “Tábuas de horário”, os poemas são mais etéreos e prestam tributo a referências e inspirações, como Nicanor Parra, Roberto Bolaño e os dadaístas Hans Arp e Sophie Taeuber-Arp. A terceira parte traz poemas mais urbanos, em terra firme, como diz o nome da seção: “Os aterrados”. As seções, no entanto, se comunicam e temas de uma de outra atravessam o livro todo: a vivência do espaço e do tempo, a memória e o sonho, a busca da palavra apropriada para definir e revelar a experiência.
Nome
TREM FANTASMA
CodBarra
9786587790114
Segmento
Literatura e Ficção
Encadernação
Brochura
Idioma
Português
Data Lançamento
06/05/2021
Páginas
128
Peso
190,00
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