Ao publicar seu primeiro livro, em 1968, Sebastião Nunes inaugurou uma forma única de expressão artística e intelectual. Ao completar 40 anos de produção de poemas e ficção experimental, construídos sob a tensão permanente entre texto e imagem, o autor de Somos todos assassinos e História do Brasil mantém coerência rara entre seus pares, colocando sob suspeita um sistema de valores estabelecidos e elegendo como alvos de sua guerrilha pessoal a classe média, a publicidade, os poderes, enfim, a grande tragicomédia que é a existência humana. Este livro, publicado no marco dos 70 anos do poeta, reúne depoimento, entrevista e correspondência passiva, além de uma prosa experimental, todos inéditos. Também oferece ao leitor fotos raras, levantamento bibliográfico, breve antologia e recepção crítica. Torna-se, assim, uma oportunidade de descobrir a obra deste sátiro multimídia.