Em "Sal no Rosto", o poeta paraibano Ronaldo Cunha Lima exprime toda a sua verve lírica em uma série de sonetos. "Em tempos de palavras caudalosas, de discursos torrenciais que prometem mudar o mundo, a obra de Ronaldo Cunha Lima opta pelo sussurro intimista, pelo clima confessional, por certa postura estóica e discreta frente às bonanças e intempéries de tudo aquilo que vai sendo vivido na prosa dos dias e é depois transformado na poesia dos versos", afirma o crítico e acadêmico Antônio Carlos Secchin. "Poucos não foram os poetas que respiraram aliviados quando o verso livre do modernismo os desobrigou desse risco, em que o verso pode perder o viço - e até a vida", escreve o jornalista e escritor José Nêumanne na apresentação. "Senhor do ritmo, dono de um ouvido raro para seu mister, o autor destes poemas não se faz de rogado em enfrentar esse desafio, desprezando as comodidades da liberdade métrica. Leia, prove e comprove."