Este livro propõe aos leitores um novo modo de pensar o delírio. A questão pode ser colocada do seguinte modo: o que é o delírio? Os caminhos para respondê-la são tão variados quanto as respostas encontradas.

Orientado pelos pensamentos de Heidegger, que situa a ontologia como norteadora de toda tarefa de conhecer, Valverde nos propõe que a questão do delírio, se pensada de um modo compreensivo, inaugura um novo sentido de ser homem. Se, nas palavras do autor, o “delírio é um discurso e, portanto, um falar humano”, é imprescindível que se investigue “Quem é este que delira? Quem é o homem quando delira”. Este livro se dedica a pensar o ser do discurso delirante.

Nas palavras de Nichan Dichtchekenian, professor de psicologia fenomenológica da puc-sp e psicoterapeuta, “O trabalho de Valverde rompe com a inércia e a inação presentes na interpretação – que classifica e reduz a originalidade do que se apresenta a um já conhecido, a um já familiar – e realiza o que o pensar oferece: seguir, humilde e decididamente, as indicações do que se apresenta, tal como se apresenta”.