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Historiadores alemães ignoraram amplamente a campanha no norte da África, não apenas por ter sido periférica, mas também porque seu foco centrava-se na campanha oriental, e nos graus de cumplicidade da Wehrmacht com as atrocidades dos nazistas. Essa última questão não aparece na guerra no deserto, que se desenrolou de acordo com as regras estabelecidas.
Obviamente a campanha na União Soviética foi muito maior, e foi lá que a guerra na Europa foi decidida, mas a derrota na África do Norte alterou significativamente o equilíbrio estratégico, já que obrigou os alemães a enfrentarem a ameaça de uma segunda frente de batalha, drenando a campanha a leste de uma fonte valiosa de recursos.
A campanha no norte da África vem sendo vista como uma “guerra sem ódio”, portanto, mais uma prova de que o exército alemão não se engajava na matança sórdida, que ficava a cargo da SS de Himmler. Embora seja verdade que as tropas alemãs no norte da África tenham lutado com honra e bravura, e que Rommel sempre manteve seus escrúpulos em relação às regras da guerra, ao ponto de ignorar deliberadamente ordens de Hitler no sentido contrário.
A posição excepcional de Rommel devia-se não apenas à sua personalidade vigorosa e aos seus feitos militares, mas ainda mais ao seu relacionamento peculiar com Hitler. A chave do sucesso, durante o Terceiro Reich, encontrava-se em um acesso fácil ao Führer. Rommel sabia muito bem que, sem o apoio de Hitler, ele não conseguiria fazer as coisas exatamente do seu modo, muitas vezes, aliás, irresponsável, e estaria portanto sujeito às ordens de Mussolini e do Comando Supremo Italiano.
Ele contava com um aliado valioso, Goebbels, que admirava sua coragem e sua abordagem impetuosa, e que via nele um herói modelo para a nova Alemanha. A admiração de Hitler por Rommel afastou-o ainda mais dos oficiais do Alto Comando do Exército e do Alto Comando das Forças Armadas, que dele desconfiavam profundamente.
Em geral todos concordavam que ele era corajoso quase ao ponto da tolice, e também que, tendo vindo de uma família modesta, ele não possuía as boas maneiras mais elementares, promovia a si mesmo de forma grosseira e carecia do treinamento rigoroso constante oferecido aos oficiais em geral, e assim, não havia nenhuma força a restringir sua falta de cuidado. Acima de tudo, concordavam que ele alcançara uma posição muito superior a suas habilidades por causa da sua proximidade com Hitler, e que teria alcançado muito pouco se não fosse a influência de oficiais poderosos próximos ao Führer.
Estas acusações não eram levianas, como mostra este livro, e quando Hitler retirou sua proteção por Rommel ter desobedecido suas ordens em El Alamein, sua estrela rapidamente se apagou, levando, finalmente, ao suicídio forçado.
Nome
ROMMEL E A GUERRA NO DESERTO
CodBarra
9788565958158
Segmento
Humanidades
Encadernação
Brochura
Idioma
Português
Data Lançamento
13/05/2014
Páginas
554
Peso
610,00
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