O século XXI demanda novas perspectivas para a arte que compreendam as práticas contemporâneas e a continuidade de alguns caminhos repensados em nova chave. O histórico vigor estético do Rio de Janeiro, com sua vocação cosmopolita e sua pluralidade, continua no presente como lugar privilegiado de experimentação do país. Essa produção pede novas leituras e modos transversais de sua observação. Desde os primórdios da modernidade brasileira, ainda no século XIX, traduzida nos costumes e na racionalidade urbana, impulsionada pela presença do governo central e pelo enorme fluxo de pessoas e informações que isso significava, a cidade foi palco de transformações e experimentações cuja autenticidade e potência colocam-na na vanguarda artística do país. Organizado pela FGV Conhecimento, com organização de Paulo Herkenhoff e coordenação editorial de Silvia Finguerut, o livro Rio XXI - Vertentes Contemporâneas propõe um enfoque particular para tratar da renovada tradição artística da cidade, com ênfase em determinadas vocações estéticas, que se confundem com as do próprio país. Os capítulos, escritos por especialistas, entre curadores, críticos, acadêmicos e artistas, são divididos a partir de imagens conceituais que tenham seu eixo central na interdisciplinaridade entre as artes e nas diversas expressões de artistas locais