* Livro com três capas aleatórias: Fernanda Montenegro, Chico Buarque e Lula.*

A etimologia do tempo remete ao passado, presente e futuro. Mede o momento em segundos,
minutos, horas... Quando congelado, vira memória.

Assim é o retrato: momento estático convertido em imagem que não desgasta com o tempo. Apenas se transforma sob o olhar do outro. Quando a cortina da câmera desce, captura gestos, linhas, expressões. Transforma as luzes e sombras na pessoa em que o fotógrafo vê, retirando dela a essência daquele momento. Neste exato instante, a combinação de elementos fundamentais da fotografia com a essência do fotografado está nas mãos de quem fica por trás da câmera, a direção fotográfica.

Em “Retratos” de Eduardo Nicolau, é possível navegar entre personagens do nosso tempo, que carregam a história do mundo em suas próprias histórias, dispensando apresentações. Alguns deles são fruto de um trabalho inédito, autoral, que reverbera nas próximas páginas. É o caso de um dos maiores nomes da música brasileira, Chico Buarque, de uma das lendas do jazz, Ron Carter, e do ex-presidente Lula.

Outros foram pensados inicialmente para publicação em jornal, mesclando um toque de fotojornalismo com um olhar particular. Entre eles estão os novos imortais da ABL (Academia
Brasileira de Letras), Fernanda Montenegro e Gilberto Gil. Sintetizam décadas de trabalho em que os personagens do dia a dia eram o foco.

Um encontro de personagens tão diversos, polêmicos em alguns casos, mas tão peculiares. Toda essa interação — momento, expressão, espontaneidade, luz, sombra, enquadramento, cumplicidade, essência — se imprime em um diálogo fotográfico. É essa conversa que você está convidado a ver.