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Imagens caóticas de formas e cores assaltavam os sonhos de Maria Sabina de Albuquerque. No interior de um losango crescia uma rosácea azul e vermelha, composição de pétalas que aumentavam de volume até quebrar os lados do losango, de cujos vértices pendiam, decompondo-se, rosáceas menores. Em explosões de tons de azul e vermelho, o conjunto metamorfoseava-se em castelos de nuvens, grandes como montanhas. Maria Sabina de Albuquerque acordava exausta. Saía da cama, ia beber água à cozinha, esforçava-se por afastar as imagens que a reenviavam ao dia aziago do suicídio de Fernando Correia Dias. Vira-o deitado no chão, já com a rigidez da morte, de olhos fixos no teto, de onde pendia, desarticulado, o candeeiro de ferro forjado a cujos braços o suicida atara a corda da rede de descanso com que se enforcara. A mulher tinha descido o corpo do instrumento de suplício, e a cabeça inerte ocupava o centro da rosácea azul e vermelha do tapete da casa de jantar. Nessa extravagante manhã de novembro de 1935, na confeitaria Colombo, no Centro do Rio, Maria Sabina aguardara Manuel Bandeira com quem preparava um recital de inéditos do poeta […]
Nome
QUINAS E FLORES-DE-LIS
CodBarra
9786586526875
Segmento
Literatura e Ficção
Encadernação
Brochura
Idioma
Português
Data Lançamento
07/04/2021
Páginas
100
Peso
120,00
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