Michel Bruckner, em mais um romance – O inverno de um tolo cresce como um escritor senhor do seu ofício, em técnica e estilo. É um romancista de alta qualidade, desenvolvendo com segurança uma trama complexa, através de narrativa muito viva e personagens bem construídos que vivem uma existência agudamente dramática, impressionantes não porque pertençam a qualquer raça, mas como criaturas humanas que penam e desta maneira se incorporam aos outros seres seus irmãos em sofrimento.

Afrânio Coutinho

Um romance calcado na realidade, feito de retalhos de lembranças do autor, que viveu a maior parte do drama aqui narrado, e que merece ser lido.

Torrieri Guimarães sobre Rochéle

Michel Bruckner é um trabalhador literário sem espaventos, sem tertúlias e sem compadrio. Conta suas histórias com sinceridade, com personalidade própria, oferecendo páginas impressionantes que são para pensar.

A voz de Portugal

Polonês emigrado em 1950 para o Brasil, o autor transforma num romance de apreciáveis qualidades literárias a sua experiência trágica de “vigésima-quinta-hora”. Mantém viva na mente das gerações atuais o que significa o fanatismo anti-semita sob qualquer regime.

Nogueira Moutinho – Folha de São Paulo

Michel Bruckner consegue criar um clima autêntico de tensão em que as pessoas se movem impulsionadas pelo que julgam ser as suas verdades, sempre em grave risco e continuamente marcados pelas lembranças mais terríveis. São essas lembranças, talvez, que tornam O Homem com Cicatriz um tanto pesado demais. Mas excitante para todos aqueles que se interessam pela psicologia do homem do nosso tempo, envolvido sem querer num romance policial que tem a dimensão do planeta e cuja saída – onde fica a saída? – ainda não encontramos.