Mathea Martinsen, uma senhora quase centenária, levou uma vida sem acontecimentos, fatos e emoções. Desperdiçou seus dias, não aprendeu a criar laços, não participou da vida em comunidade nem fez as viagens que poderia. Já perto do fim, resta-lhe este balanço a um só tempo cáustico e divertido, como aliás costuma ocorrer nas narrativas mais mordazes. Mas leiamos o livro para sabermos o que Mathea será capaz de fazer com a sobrevida que lhe resta. Haverá tempo para um ato derradeiro e redentor? Quanto mais rápido ando, menor eu sou apresenta-se como um convite urgente para alguns de nossos mais importantes questionamentos. Como o de saber, por exemplo, se estamos levando a vida que vale a pena viver.