O Nordeste não é só de terras secas. É uma região rica em outros ecossistemas. A vantagem são as características tropicais de insolação, que faculta elevadas produtividades primárias. Rico em recursos naturais que, infelizmente, vem se degradando por ações antrópicas, malconduzidas pelo homem, ultrapassando os limites das leis da Natureza, pagando um preço muito alto, pois ela não perdoa aos seus infratores. Num transecto imaginário leste oeste, da planície praiana ao platô dos cerrados, uma série de deterioração dos ecossistemas é discriminada pelo autor, servindo de base para a seleção das oito propostas aqui discutidas. Dentre elas, como exemplos, a mata ciliar do Rio São Francisco, a mata atlântica do sul da Bahia, o complexo “flúvio-marinho-lagunar” de Alagoas, a zona dos tabuleiros costeiros e os cerrados. Finalizando, o autor esclarece que se trata de propostas para fins de discussão, cuja efetivação vai carecer de instituições fortes e operosas, líderes empresariais e governos comprometidos com a magnitude da sua terra, de modo que o Nordeste usufrua racionalmente de seus recursos naturais, sob a máxima do usar sem depredar.