Paulo Freire, se estivesse vivo, completaria 100 anos neste ano de 2021. Patrono da Educação Brasileira, reconhecido mundialmente por seus escritos, foi sem dúvida um dos maiores expoentes da cultura de nosso país.

Um democrata por excelência, Freire passou sua vida lutando pelos direitos das minorias tornadas invisíveis nas sociedades do século XX e que hoje, bem o sabemos, seguem sofrendo dos mesmos males. O direito à cidadania é inalienável e é de todos(as) e, segundo Freire, “[...] o conceito de cidadania vem casado com o conceito de participação, de ingerência nos destinos históricos e sociais do contexto onde a gente está.” É preciso dar voz a todo(a) cidadão(ã), garantir-lhes o direito de perguntar, criticar, de sugerir, estando de fato presentes e não apenas sendo presentes.

Durante muito tempo, Paulo Freire foi mais (re)conhecido no exterior do que pelos(as) educadores(as) brasileiros(as). Silenciado que foi pelos anos de exílio a que foi levado pela ditadura militar brasileira iniciada em 1964, foi redescoberto em seu próprio país quando já era reverenciado em inúmeras Universidades mundo a fora.

Nesta obra estão reunidos textos recebidos de autores(as)-professores(as) de sete países: China, Timor-Leste, Moçambique, Canadá, Portugal, Estados Unidos e da Finlândia. Uma pequena e diversificada amostra que concretiza a contemporaneidade da obra de Freire.

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