O volume Poesias, de Olavo Bilac, possui uma importância histórica extraordinária. Excetuando-se talvez o Eu, de Augusto dos Anjos, nenhum livro de nossa poesia teve aceitação e influência na sensibilidade brasileira desde 1888, ano de sua primeira edição, até mais ou menos 1950.

Dai para cá, por influência das ideias modernistas, entrou em processo de descrédito, sem contudo perder a força das verdadeiras obras de arte. Superadas as razões modernistas, é hora de revisitar o grande parnasiano, sem preconceito nem reverência. Sempre haverá a possibilidade de se encontrar neste livro, quase todo escrito quando o poeta tinha 23 anos, uma das fontes da melhor poesia que já se escreveu no país.

Quanto à fidelidade dos textos, a presente edição segue, com rigor, a vontade do poeta. Foi organizada pelo professor e ensaísta Ivan Teixeira, que partiu das edições mais autorizadas para a transcrição dos poemas. No prefácio, o organizador defende a necessidade de uma releitura de Bilac. O volume apresenta também cronologia da vida e obra do poeta, seguida de iconografia.