DANIEL COSTA nasceu em Mogi Mirim (SP), em 1983. Mora em Campinas desde 2003, onde cursou Ciências Econômicas. Foi professor universitário e, atualmente, é psicanalista. Publicou Cartas fraternas e outros poemas, em 2016, pela Jaguatirica. Este é seu segundo livro de poesia, mas também é uma costura. Ele escreve e organiza seus poemas como retalhos de esperanças e angústias bem cosidos e, por fim, entrega ao leitor uma peça – quem sabe, uma capa capaz de conferir poderes de ação, ou uma manta que ofereça proteção e resiliência. O cotidiano se desvela nos versos em experiências das quais se é capaz de sentir o gosto, o cheiro, o calor e a familiaridade. Chama-se Poesia dos Fracos, mas também é poesia dos vencidos, das vencidas, daqueles que arrancam a existência à força e à revelia, de um cotidiano não raro massacrante. E, por ser cotidiano, também traz consigo suas possibilidades de refúgio, de frestas cavadas pelo amor, pela cumplicidade, que transformam ladeiras e sóis a pino em noites estreladas e rezas. Sem fatalismo ou ingenuidade, o livro de Daniel Costa aposta no trabalho das borboletas em fazer florir as avenidas da cidade. E, na beleza de pores do sol cor de tangerina para rasgar à faca a opressão dos dias. Apresentação de Gabriela Nery. Prefácio João Paulo Moreto.