Nesta edição da piauí, o repórter Breno Pires conta os bastidores da maior disputa corporativa em curso no Brasil, que marca a volta dos irmãos Batista, os donos da JBS, ao ringue do jogo bruto (O vale-tudo).
Allan de Abreu narra como um policial federal infiltrou-se em duas quadrilhas de tráfico internacional de cocaína no Rio de Janeiro e conseguiu mandar 25 criminosos para a cadeia. Sua identidade real está dentro de dois envelopes guardados em cofres da Justiça Federal (O infiltrado).
No Baixo Tapajós, no Pará, Bernardo Esteves visitou trechos de floresta devastados por megaincêndios provocados pela ação humana e agravados pelo El Niño (Foco no fogo). No verso da mesma moeda, Fernando Tadeu Moraes mostra como a mudança climática afeta o regime das chuvas, cada vez mais devastadoras no país, mas nunca inseridas nas políticas públicas (Tormentas brasileiras).
Thallys Braga faz o perfil do carnavalesco Leandro Vieira, da Imperatriz Leopoldinense, que em apenas sete anos, obteve três vitórias na primeira divisão das escolas de samba do Rio. “Meu desejo é combater o luxo”, diz ele, que se consolida como um antípoda de Joãosinho Trinta (A antinovidade).
Em Buenos Aires, Alejandro Chacoff conversa com o excêntrico César Aira, o principal escritor argentino da atualidade, que terá dezesseis livros publicados no Brasil nos próximos anos – quatro deles em março (O mago).

Leia ainda:
* Cesar Zucco, David Samuels e Fernando Mello contestam o argumento de Vladimir Safatle sobre o ressentimento da extrema direita (O ressentimento é real).
* Roberto Muggiati escreve sobre o fenômeno Taylor Swift e como a idolatria dos fãs é coisa antiga (A Big Sister do pop).
* Tom Farias compara dois livros de ficção científica sobre o choque das raças: um do escritor negro americano George S. Schuyler, outro de Monteiro Lobato (Afrofuturismo e racismo).
* Luiz Zerbini se despede do galerista americano Brent Sikkema, morto no Rio no mês passado (Adeus abrupto).
* Um conto da escritora Bárbara Mazzola (Crisálida) e poemas de Rodrigo Garcia Lopes.
E no Diário do Geraldo as atribuladas férias do nosso vice-presidente: “Ano novo, esperanças renovadas. Pedi para o cerimonial deixar uma cesta de quitutes orgânicos colhidos pelo MST na casa do Chico Buarque. Tô plasmando: esse encontro tem que acontecer em 2024.”

Boa leitura.

André Petry
Diretor de redação