A piauí deste mês dedica doze páginas à campanha eleitoral na Argentina, que terminou com a vitória do extremista de direita Javier Milei, admirador de Jair Bolsonaro e Donald Trump. Em forma de diário, Leila Guerriero descreve os dias que antecederam uma eleição em que “milhões de argentinos” pareciam querer que “o país exploda” (Um país desconhecido).

Ainda no noticiário internacional, a piauí traz um artigo de Dahlia Scheindlin que versa sobre o futuro das forças progressistas em Israel (A esquerda em perigo) e um relato de Daniel Lisboa mostrando como a Bósnia – a exemplo de Ruanda – convive com a herança de genocídio (A sombra de Srebrenica).

Em reportagem que tomou seis meses de apuração, Allan de Abreu narra em detalhes como o governo anterior estimulou órgãos de Estado – sobretudo a Polícia Federal e a Agência Brasileira de Inteligência – a avançar na prática da espionagem ilegal (Os espiões estão aí).

No campo das ideias, Roberto Schwarz reflete sobre o impacto que a chegada do marxismo teve sobre sua geração (Uma aclimatação do marxismo no Brasil), e Giovane Rodrigues e Tiago Tranjan contam o que o filósofo Ludwig Wittgenstein tem a dizer sobre a capacidade de pensar da inteligência artificial (Os frutos que calculavam).

E mais:
André Gravatá visita os alfabetizados na primeira experiência em grande escala do método Paulo Freire, em Angicos, no interior do Rio Grande do Norte, em 1963 (“De repente, eu aprendi”).

Darlene Dalto conta a trajetória de Fernanda Ribeiro e Sérgio All, um casal de executivos negros que criou a fintech Conta Black e hoje tem escritório na Faria Lima, em São Paulo (Black is powerful).

Juliana Faddul narra o fim de uma era: o encerramento em todo o Brasil das emissoras AM de alcance local no dia 31 de dezembro (Ondas migratórias).
Além disso, confira o portfólio do fotógrafo Christian Cravo sobre um depósito de lixo em Gana (Lixão eletrônico), um poema de Eucanaã Ferraz (Dezembro por ora) e um conto de Paulo Vicente Cruz (Mamadou).

E, no diário do Geraldo, o vice-presidente também esteve atento à eleição dos argentinos: “A Argentina caiu no conto do vigário da extrema direita com tanto atraso que já apelidei o novo presidente de Javier Delay.”

Boa leitura.
André Petry
Diretor de redação