A piauí deste mês traz uma tal diversidade de assuntos que fizemos uma aposta na redação: nenhum leitor atravessará nossas 84 páginas sem ter o interesse capturado por pelo menos uma reportagem. Confira o cardápio:

João Batista Jr., em sua estreia na versão impressa da revista, narra detalhes até agora desconhecidos sobre as denúncias de assédio sexual e a demissão do ator e diretor Marcius Melhem, do humorístico Zorra, mostrando como a Globo tentou contornar o assunto publicamente (O que mais você quer, filha, para calar a boca?).

Consuelo Dieguez revela os bastidores cinematográficos – que vão de suborno de ditador africano a espionagem em Nova York – da guerra que um empresário israelense trava contra a brasileira Vale, terceira maior mineradora do mundo (O bilionário do barulho).

Rafael Cariello descreve em pormenores como o pensamento de esquerda está ganhando espaço na área de estudos econômicos nas grandes universidades do mundo, antes quase integralmente guiada pelo pensamento liberal (Trabalhadores, uni-vos).

João Moreira Salles apresenta a segunda reportagem da série Arrabalde, que trata da Amazônia, e mostra como é fácil devastar aquilo que não se compreende e nem se tentou compreender (Sete bois em linha).

Além disso, a edição contempla a manifestação das urnas nos Estados Unidos (confira a sucessão tragicômica de tuítes de Trump, desenhados por Isabel Junqueira) e no Brasil (leia o divertido diário de um mesário, Adriano Cirino, em Preferia não fazê-lo).

Temos ainda um portfólio original sobre o surf nos ônibus em Olinda (de Victor Moriyama), o perfil do brasileiro que ajudou a fazer da Organização Mundial da Saúde o que ela é hoje (O brasileiro cordial, de Paulo Lyra) e, para encerrar, duas delícias portenhas: Andrés Di Tella se despede de Maradona (¡A la mierda! ¡Se murió!) e Pedro Corrêa do Lago, em Epílogo, apresenta um texto inédito, recentemente descoberto, de Jorge Luis Borges (Silvano Acosta).

Divirta-se e boa leitura.
André Petry
Diretor de redação