Alex Epstein é uma das vozes mais surpreendentes no cenário da literatura hebraica contemporânea e sua obra vem ganhando atenção internacional com as recentes traduções para o inglês, francês, espanhol, russo, grego, alemão, croata, italiano e, agora também, o português.

Dono de uma escrita sui generis e de uma imaginação prodigiosa, seu talento para sintetizar e associar ideias lança o leitor num tipo de experiência que transborda as fronteiras entre arte e vida, ficção e realidade, mitologia e biografia.

Um dos traços definidores de seu estilo é a economia de palavras, inerente à forma de seu gênero preferido, o miniconto. Suas histórias raramente ultrapassam uma página, mas costumam produzir um impacto inversamente proporcional ao número de palavras: a leitura é frugal, mas seu efeito, profundamente impregnante.

São histórias ao mesmo tempo sutis e pungentes, de grande força imagética, e nelas podemos perceber influências cruzadas das tradições oriental e ocidental, mais especificamente, do pensamento zen-budista e da estética surrealista.

Marcando a estreia de Alex Epstein no Brasil, Para a próxima mágica vou precisar de asas apresenta 111 minicontos que versam sobre a vida e a morte, a infância e a velhice, o absurdo e a graça, os sonhos e as desilusões. Tomando de assalto a imaginação do leitor e desafiando suas formas de compreensão ordinárias, estes minicontos invadem o espaço com generosas lufadas de ar fresco e continuam ressoando muito além do tempo da leitura.