“A história é testemunha do passado, luz da verdade, vida da memória, mestra da vida, anunciadora dos tempos antigos”, Cícero já anunciava. Mas o que é História? E qual a melhor forma de contá-la? Certamente, mostrar os desafios e as escolhas dos líderes, e também algumas evidências e retratos do cotidiano dos povos, torna o passado uma espécie de romance, não ficcional, mas que aconteceu de verdade. O Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro, por seus pesquisadores e coordenadores Elizeu Santiago de Sousa, Helio Cannone e Rafael Martins de Araujo, vêm contribuir com as comemorações do bicentenário da Independência com uma obra inédita, fruto da seleção de documentos raros do nosso acervo referentes ao papel do Rio no processo de independência do Brasil: o livro Papéis da Independência: uma Análise do Acervo do Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro (1821-1826).
Foram analisados e digitalizados cerca de oito mil documentos. Sessenta deles, selecionados e transcritos para fácil leitura dos estudantes e cidadãos brasileiros curiosos em saber como chegamos ao 7 de setembro de 1822, há duzentos anos. Esses documentos primários comprovam os fatos históricos que, ao lado de estudos sobre a vida privada, narrativas de viajantes, diários, correspondência, jornais, panfletos, memórias dos cronistas, iconografia, como gravuras e aquarelas, teses universitárias e tantos outros registros, fizeram a nossa história.