No início dessa autobiografia, Ruth lembra dos sussuros trocados entre seus parentes, quando ela era criança, em Viena. Mas os adultos não baixavam a voz para falar de sexo, como ocorre em circunstâncias normais, e sim de morte. A Áustria foi anexada pela Alemanha em 1938, quando a autora tinha 7 anos, e famílias judias como os Klüger já temiam o que estava por vir.

Ruth e sua mãe foram deportadas para campos de concentração em 1946. Paisagens da Memória é um pungente relato da sua sobrevivência nesses anos - e de sua capacidade de refazer a vida, depois da guerra, nos Estados Unidos, onde foi professora de alemão em Princeton, entre outras universidades.