De repente, em agosto de 2007, três homens que nunca haviam sido eleitos para cargos públicos estavam entre as pessoas mais poderosas do mundo. Eles eram os líderes dos três bancos centrais mais importantes do mundo: Ben Bernanke, do Federal Reserve dos Estados Unidos, Mervyn King, do Banco da Inglaterra, e Jean-Claude Trichet, do Banco Central Europeu. Ao longo dos cinco anos seguintes, eles e seus colegas presidentes de bancos centrais gastariam trilhões de dólares, libras e euros para conter as ondas de pânico que ameaçavam derrubar o sistema financeiro global, agindo em escala e velocidade sem precedentes. Os grandes alquimistas financeiros, de Neil Irwin, é um emocionante relato do exercício mais intenso de gerenciamento de crises econômicas que já vimos, um jogo de pôquer, em que as apostas chegam a trilhões de dólares.

A história começa em Estocolmo, Suécia, no século XVII, onde os bancos centrais tiveram uma tumultuada origem, e segue em um rápido mas deslumbrante tutorial sobre como o presidente de um banco central passou a exercer tanta influência sobre o mundo, desde os aflitivos primórdios até a Era Greenspan, trazendo o leitor ao presente com um maravilhoso entendimento sobre como essas figuras e instituições se tornaram o que são - detentoras de um extraordinário poder sobre o destino coletivo. O que eles escolheram fazer com esse poder é a essência da história contada por Irwin.

Irwin fez a cobertura do Fed e de outros bancos centrais para o The Washington Post desde os primeiros dias da crise,
desfrutando de acesso privilegiado aos principais presidentes de bancos centrais e de pessoas próximas a eles. Seu
relato é a história completa e verdadeiramente global do papel dos presidentes de bancos centrais na economia mundial. É um acerto de contas histórico com os presidentes de bancos centrais e seu poder, com a grande crise financeira do nosso tempo e com a história da relação entre o capitalismo e o Estado. Definitivo, revelador e fascinante, Os grandes alquimistas financeiros nos mostra de onde vem o dinheiro – e para onde ele pode estar indo.