Nele, o autor, especialista em avaliação da pesquisa, mostra por que os usos comuns dos indicadores utilizados para medir a atividade científica ou classificar as universidades não respeitam as próprias condições de validade e de pertinência, tais como a bibliometria construiu de maneira rigorosa.

A tradução e publicação do livro constitui importante contribuição para que os conceitos e práticas submetidos aos modos de avaliação e classificação sejam examinados e discutidos com o rigor que merecem. É importante, sobretudo, em virtude das enormes e, muitas vezes, perversas consequências que essas avaliações podem trazer para as políticas científicas e de ensino, para nossas universidades e, de modo mais amplo, para a produção e difusão de conhecimentos.

Além de apresentar de modo sintético os métodos de pesquisa bibliométrica e seus diferentes usos, esta publicação pretende demonstrar que eles têm um campo de aplicação muito mais vasto que a simples avaliação de pesquisa. Dividido em quatro capítulos, no primeiro, o livro apresenta as origens da bibliometria. No segundo, mostra como a bibliometria pode se revelar uma ferramenta indispensável para analisar a dinâmica das ciências. No terceiro, aponta os diversos tipos de avaliação aos quais o ensino superior e a pesquisa estão submetidos. Por último, no quarto capítulo, analisa os indicadores mais utilizados para avaliar os pesquisadores, criticando os abusos que esses usos frequentes possibilitam.