O liberalismo e a Escola Positiva, entre o final do século XIX e o início do século XX, disputaram, com desvantagem para a primeira doutrina, a hegemonia para proteger e corrigir os menores abandonados e delinquentes. Essa disputa é o objeto de estudo desse livro, que é resultado da tese de doutorado do autor em Sociologia.

Dividido em quatro capítulos, o primeiro faz uma introdução ao problema dos menores abandonados e delinquentes, buscando compreender esse grupo como efeito da modernização capitalista e como ele se constituiu em categoria e problema social. O segundo mostra como esses menores tornaram-se um dos maiores problemas sociais da nação brasileira na vidada do século XIX para o XX. O terceiro capítulo aborda o impacto do cientificismo sobre a cultura e a intelligentsia brasileiras, enquanto o último trata do processo de construção do Código de Menores de 1927 sob a influência decisiva do cientificismo.