A volta da edição de "Olhares Contemporâneos" – coletânea de textos produzidos por professores do Instituto de Comunicação e Artes do Centro Universitário UMA – reveste-se de especial significado, tanto para os que aqui trabalham e estudam, aprendem e ensinam, praticam e teorizam, como para o expressivo grupo das pessoas que vivem e compartilham suas atenções no universo da comunicação social continuamente em expansão.
Ressalto que as reflexões, análises, proposições e relatos que compõem esta antologia constituem um instigante contraponto ao dia a dia da realidade acadêmica de nossos cursos. Paradoxalmente, o suceder-se das atividades acadêmicas, que , naturalmente, revelam a dinâmica, a movimentada e mesmo conturbada rotina de uma instituição de ensino superior, acaba, de certo modo, sobrepujando pelos recortes dos textos impressos. A coletânea de artigos poderia sugestionar – para olhares mais apressados um congelamento da imagem da vida efervescente do Instituto de Comunicação e Artes da Una, um campus universitário que se alimenta do processamento de ideias e ideologias, que se debruça sobre o convencional como geratriz de inovações, que se digladia contra toda espécie de preconceitos, que se bate pela diversidade e pela essência do contraditório nas relações pessoais e sociais. Espero dos leitores a mesma sensação que experimentei a perceber que a presente coletânea de textos se move por um notável desconforto que suscita novas buscas, uma paisagem nova que, necessariamente, não destrói as definitivas. Isso se chama convivência criativa. Aqui se descobrem sempre novos mananciais.