Com cerca de 40 pequenas histórias do cotidiano e ilustrações, o livro traz em suas 200 páginas um tanto da personalidade que Neto vai mostrando em análises divertidas, mordazes, críticas mais ácidas ou generosas a questões sobre as quais não nos debruçamos com tanta atenção. Ou, como a jornalista Cora Rónai definiu no texto da quarta capa do livro, [Neto] transita entre a ternura e a crueldade com desenvoltura e um senso de humor infalível. Não sei como classificar seus textos. Não sei se são contos, crônicas ou pequenas fábulas urbanas. Só sei que estão entre as melhores coisas que já li em muito, muito tempo.

'Um dia, descobri no Facebook um sujeito que tirava os pensamentos da minha cabeça. O mais estranho é que ele fazia isso antes mesmo que os pensamentos estivessem prontos. Ideias que eu mal começava a alinhavar, que na verdade eu nem sabia que tinha, apareciam prontas, com começo, meio e fim. Fez isso tantas vezes que agora vou à sua página para saber o quê- e em quê- estou pensando. Não falha. E não é só comigo. O Neto conquistou um séquito de fãs que curtem o que ele escreve antes mesmo de ler o que foi escrito, e que depois se derramam num coro não muito variado de comentários: 'Isso mesmo!', 'Exatamente!', 'Matou o pau!'. Ele é um observador extraordinário, especialista em notar o que vemos sem perceber e mestre em apontar o ridículo universal da existência, transita entre a ternura e a crueldade com desenvoltura e com um senso de humor infalível. Não sei como classificar os seus textos. Não sei se são contos, crônicas ou pequenas fábulas urbanas. Só sei que estão entre as melhores coisas que li em muito, muito tempo.' -Cora Rónai, jornalista.