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Objeto Selvagem reúne toda a obra poética de Mário Chamie, tão ligada à hoje clássica vanguarda poética pós-modernista quanto única, inovadora e indispensável, dando-lhe lugar reservado entre os grandes poetas brasileiros contemporâneos e de todos os tempos.
Publicado originalmente em 1977, Objeto Selvagem contém os nove livros de poesia publicados por Chamie, com alterações significativas, feitos pelo próprio autor, em revisão. É, assim, a versão definitiva da obra poética do autor.
Destaca-se Lavra Lavra, vencedor do Prêmio Jabuti em 1962, aclamado por público e crítica. Objeto selvagem traz ainda dois livros que permaneceram inéditos e foram somente publicados dentro desta poesia completa: Configurações (1956) e Conquista de Terreno (1968).
Assírio & Alvim traz ainda nesta edição um ensaio analítico do professor de literatura brasileira da EFLCH-UNIFESP Pedro Marques, pesquisador do NICS-UNICAMP, que serve também como um roteiro ou apoio de leitura.
Divergindo do movimento concretista, ao qual se associava no princípio, Chamie fez uma poesia menos visual (ao gosto dos “concretos”) e mais poética, no estrito senso da poesia, cujo pilar é a palavra, ainda que também planejada para ocupar visualmente o espaço em branco, como uma instalação.
O neologismo, característico do concretismo, está lá. Com a palavra, tijolo após tijolo, Chamie descreve e reconfigura a realidade, tal como a concebe, numa visão cosmogônica. A tarefa de ressignificação das palavras e a construção poética, que ele chamou de “práxis”, permite rever todos os elementos da vida e dos fazeres humanos: a cidade, o campo, a indústria, os ofícios, a política.
Com isso, Chamie tornou-se um poeta visionário do capitalismo brasileiro em sua época – e de todas as épocas, ao transparecer a essência não apenas do Brasil, como do ser humano, que toma corpo em sua obra como o verdadeiro homo faber.
EXCERTO
No espaço do campo, passa o homem e sua miragem.
No espaço da cidade, dorme o homem em sua passagem.
No espaço da consciência, gera o vírus a sua voragem.
Por todos esses espaços, de surda força indomável,
passa o espaço da palavra com sua selva sem margem.
Na selva dessa paisagem, no centro de sua arena,
age a força do poema, meu objeto selvagem.
“Esta ruptura na vanguarda literária se deve à aparição de um poeta revolucionário, mas ao mesmo tempo cuidadoso das inovações poéticas que têm aberto um ilimitado campo de ação para a arte. Mário Chamie se coloca, com seu livro Objeto Selvagem, como um dos mais importantes poetas da América Latina.”
Aguilar de la Torre
“As Geórgicas da era industrial.”
Murilo Mendes
“A grande voz poética do final do Século XX.”
Leo Gilson Ribeiro
Nome
OBJETO SELVAGEM
CodBarra
9786584832251
Segmento
Literatura e Ficção
Encadernação
Capa dura
Idioma
Português
Data Lançamento
03/04/2025
Páginas
608
Peso
1316,00
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