Utilizamos cookies para melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossa política de privacidade. Política de Privacidade..
O “tropeiro”, livro de Thales de Oliveira. (Florianópolis, Ed. Insular, 2001, 288p.) é um romance histórico que envereda por um espaço que permanecia intocado dentro da Literatura Brasileira; a marcha dos tropeiros que durante os séculos XVIII e XIX percorreram serras, planaltos e campinas entre o Continente de São Pedro do Sul e os mercados consumidores de São Paulo e do Rio de Janeiro.
Esse pioneirismo, tanto do autor quanto do romance, toma forma ao “filmar”, claro que com palavras, músicas e desenhos, a vida lenta e perigosa de dúzia e meia de personagens, tiradas do dia a dia, de um grupo de pessoas que pode ser enquadrado na classe média daqueles tempos: a dona Elza, dedicada à família; o Afonso de Campolargo, sócio de empresa; a Rosinha, a professora; o Leopoldo, o dono da égua Passanágua e do cavalo Passatudo; o mestre Guilherme; o Hamilton do Valeverde, capataz de tropeadas; o padre, a parteira, o comerciante esperto, o comerciante de peixes, o dono da bodega.
Ao lado dessa respeitada camada social – estável, de certo modo endinheirada, vão e voltam os tropeiros de empreitada. Mesmo trabalhando com esse enorme grupo de personagens principais mas diferenciados, o Autor soube marcar-lhe corpo e alma pela mesma linguagem e pela mesma filosofia de levar a vida. E soube movimentar todos eles, dentro da estória, com o seu modo típico de pensar e de agir.
O desenrolar dos fatos, marcados por uma linguagem bastante clara e objetiva, entremeada de poemas, músicas e gravuras, torna aprazível a jornada do leitor que vai descobrindo um mundo que lhe (é) era desconhecido.
De vez em quando, uma descrição detalhada de construções, de pássaros, de animais terrestres, de árvores e de frutos, garantem um atilado espírito de observação desejoso de levar para dentro da trama e do livro a verdade ‘verdadeira’ das coisas da natureza, da criatura e dos fatos.
A divisão do livro e da trama em quatro blocos – Amanhecer, Entardecer, Anoitecer e Alvorecer – leva para dentro da “estória” a circularidade que existe nas 24 horas do dia cósmico como metaforizando a circularidade de uma viagem-jornada de vida dos personagens entre a viagem aqui descrita e a próxima. Que não precisa ser descrita porque vai acontecer o mesmo que já foi contado.
A presença de um elevado número de capítulos, com a média de 4 - 5 páginas, não permitiu ao Autor aprofundar o caráter dos personagens e a força de sua presença na história como um todo. Talvez tenha sido esta a intenção do texto: apresentar um romance com um vasto número de caracteres e de acontecimentos para deixar que o leitor estabeleça um elo de ligação entre cada um deles, entre o todo, entre a primeira e a última página, entre o amanhecer e o alvorecer. 25, ago, 2004
Nome
O TROPEIRO
CodBarra
9788574741048
Segmento
Literatura e Ficção
Encadernação
Brochura
Idioma
Português
Data Lançamento
17/05/2001
Páginas
288
Peso
416,00
Configurações de Cookies
Este site utiliza cookies para melhorar a sua experiência. Você pode escolher quais cookies deseja ativar.
Esses cookies são essenciais para o funcionamento do site e não podem ser desativados.
Esses cookies ajudam a melhorar o desempenho do site.
Esses cookies permitem que o site memorize suas preferências.
Esses cookies são usados para personalizar anúncios.