A cada quinze dias, entre março de 2016 e setembro de 2018, ocupei a última página da revista “Veja São Paulo” escrevendo crônicas. Era uma experiência nova para quem havia sido repórter, editor, dramaturgo e roteirista: registrar a cidade e seus moradores, seus movimentos e distorções, sob uma ótica bastante pessoal.

Não é tarefa das mais simples. Antes de mim, haviam ocupado aquele espaço o novelista Walcyr Carrasco, o jornalista Matthew Shirts e o grande escritor Marcos Rey. E ainda tinha o Ivan Angelo, que dividia a ‘‘Vejinha’’ comigo. Muita responsa!

E antes desses todos, em outros veículos, são ou já foram cronistas: Luis Fernando Verissimo, Antonio Prata, Humberto Werneck, Ignácio de Loyola Brandão, Clarice Lispector, Rachel de Queiroz, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos, Carlos Drummond de Andrade e o papa soberano Rubem Braga.

Pretensiosamente, cavuco meu lugar na fila. Espero que essas páginas ligeiras caiam no agrado de quem as folhear.