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Em seu novo livro, O testamento do trovador, James Cowan nos conduz a uma deliciosa viagem à Provence do passado, em meio a línguas mortas, abadias, castelos, afrescos medievais, arcadas de colunas em torno de praças de vilarejos, ribanceiras de calcário, bispados góticos, tapeçarias, manuscritos secretos eternizados em marcas d'água e criptas recheadas de relíquias religiosas. Tudo começa no Museu de Ussel, antiga Capela dos Penitentes, no interior da França, onde é descoberto um pergaminho do século XII cuja autoria é atribuída ao poeta trovador Marcabru. O narrador da história, um especialista na obra do escritor medieval, encara uma longa jornada em busca do significado do precioso texto, que transformará sua vida.
O documento encontrado é o que se chama de rolo da morte, pergaminho onde membros de ordens religiosas da Idade Média redigiam versos em latim enaltecendo clérigos recentemente falecidos. Nas mãos de um frade errante, esses rolos viajavam por diversos lugares e iam ganhando acréscimos escritos por outras pessoas que também eram afeiçoadas ao morto. Assim, o rolo da morte tornava-se um documento final sobre a vida do falecido, escrito por aqueles que o conheciam melhor.
Mas o rolo da morte encontrado em Ussel é atípico, porque Marcabru não era um religioso. Além disso, ele o escreveu em homenagem ao seu grande amor proibido, Amedée de Jois, uma freira. A fim de desvendar tal história, o pesquisador percorre diversas cidadezinhas e lugarejos da Provence por onde o pergaminho esteve no passado, guiando-se pelo que está escrito nele. Consultando sábios, estudiosos e até as antigas lendas populares desses lugares, ele vai reunindo mais e mais informações, que aos poucos revelam uma história impressionante: além de religiosa, Amedée também tinha envolvimento com uma seita herética; sua morte aconteceu sob circunstâncias inexplicáveis; aparentemente, Marcabru jogou fora o pergaminho, talvez porque não quisesse que ele ficasse para a posteridade, como ficou o restante de sua obra; o rolo da morte foi encontrado por um pastor em 1196, congelado nas águas do rio de Ussel.
O trabalho de pesquisa é árduo e complicado, pois não se pode julgar o caráter do poeta trovador separadamente é preciso considerar que ele era um homem de seu tempo, com os conceitos, idéias e preconceitos de sua época. Há também o risco de se chegar a conclusões erradas ao interpretar seus versos altamente filosóficos à luz da psicologia. O mais evidente é que o rolo da morte celebra o lado sombrio de Amedée de Jois, a mulher que havia dado a Marcabru um novo sentido de si mesmo. Ao morrer, ela transformou a concepção de amor do poeta, que realmente existiu. E agora, quase 900 anos depois, a mesma história nebulosa de amor e tabus acaba por alterar os rumos da vida de uma terceira pessoa: o pesquisador fascinado pelos versos que todos antes dele fizeram questão de esconder.
Nome
O TESTAMENTO DO TROVADOR
CodBarra
9788532515384
Segmento
Literatura e Ficção
Encadernação
Brochura
Idioma
Português
Data Lançamento
Páginas
188
Peso
376,00
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