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“O País dos Santos” nasceu um pouco antes da eleição de 2018 quando surgiu a ideia do desmantelamento do país com o governo que acabou eleito. Ao longo de 2019, 2020 e 2021, a destruição de muitas conquistas sociais e o aprofundamento da crise geraram novos fatos que foram, de alguma maneira, incorporados ao texto, pensado, inicialmente como uma crítica ao neoliberalismo. Com esse material farto, procurei utilizar-me de uma linguagem sarcástica, irônica e debochada, em que cada novo evento – barragem que se rompia, queimadas na Amazônia e no Pantanal, pandemia, concentração de renda acentuada, escândalos de corrupção – incorporava-se ao texto naturalmente no sentido desse desmantelamento do país. Utilizei-me, também, de uma forma não muito convencional, tentando dar um ritmo acelerado e tenso, com a ideia de que esse texto poderia romper-se a qualquer momento. Ao mesmo tempo, eu pretendia fazer o resgate de um Brasil mais profundo e resistente, ou, pelo menos, de um momento onde se formava uma identidade nacional, e trouxe a ideia do Manifesto Antropofágico, fazendo uma ligação com o Movimento Modernista, aproveitando a proximidade do centenário da Semana de 22. Nesse contexto, senti que o livro dispunha de um embasamento teórico importante, vindo, principalmente, das leituras dos livros do sociólogo Jessé Souza – “A Elite do Atraso”, “A Tolice da Inteligência Brasileira”, “Como o Racismo criou o Brasil”, também reforçado por leituras de Zigmunt Bauman – “Modernidade Líquida” – e de Gilles Lipovetsky – “A Felicidade Paradoxal” e de muitas outras leituras e audições de vídeos disponibilizados na internet por importantes sociólogos e filósofos brasileiros. Fernando Scarpel *** Em um Brasil tomado pelo neoliberalismo em completa fragmentação após a eleição de um presidente ignóbil e truculento, um personagem sem nome representa os anseios pelo lucro imediato e pelo poder sem limites, característicos das elites brasileiras. Ele inicia sua história pobre e se torna, através de concorrências fraudulentas, negócios ilícitos e corrupção ativa, o homem mais rico do país. Ele também se elege parlamentar, tramando com seus pares, com ministros e o com o presidente pateta, formas de ser ainda mais rico e poderoso. Toda a destruição da natureza causada por essa sociedade consumista, aliada a uma excessiva concentração de renda, gera uma reação imprevista e inesperada na população, que remonta às origens nativas esquecidas na memória. Permeado de referências a acontecimentos recentes, trafegando entre o real e o fantástico, vamos nos encontrando em referências de um Brasil contemporâneo que ainda carrega os seres fantásticos de sua formação no imaginário popular. O livro é apenas ficção, qualquer semelhança com a atualidade é coincidência… será? ***
Nome
O PAIS DOS SANTOS
CodBarra
9786553610675
Segmento
Humanidades
Encadernação
Brochura
Idioma
Português
Data Lançamento
15/07/2022
Páginas
144
Peso
230,00
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