Na vida elegemos pessoas para serem nossos referenciais. Às vezes pode ser a admiração por uma banda de música, um ator, um profissional, o chefe, o colega de trabalho, um vizinho, um político, um personagem de revista em quadrinhos, um membro da família... Isto é, são inúmeros os exemplos que podemos ter e seguir. Porém da mesma forma que nós escolhemos e buscamos nossas identidades, também a sociedade pode nos impor determinado herói e/ou mito com a intenção de nos limitarmos a determinados padrões comportamentais, em especial, a não crítica à cultura dominante. Por isso, durante a minha estada na caserna como oficial temporário aproveitei, na virada do milênio, quando também frequentava o curso de História na Unicruz, para escrever e defender a minha monografia no curso de História. Nesta empreitada busquei entender o que seria o mito? Por que ele surgiu? Utilizando para isso, uma pesquisa bibliográfica e documental, além da realização de entrevistas com alguns militares da arma de Cavalaria no ano de 2001 em uma Escola Militar do Rio Grande do Sul. Por isso, mesmo não sendo tão contemporâneo, o livro expõe um estudo breve sobre o fenômeno do mito e quanto ele pode influenciar a História e os seus agentes, independente de pertencerem à determinada classe social. Assim, o mito de Osório pode permitir traçar um caminho e perceber como a historiografia pode ser empregada para (des)construir ou (re)construir  mentes e corações carentes de valores ou exemplos a serem seguidos, seja para o domínio cultural ou para a tão sonhada liberdade!