«Meu Deus, para onde vão os cachorros quando desencarnam? Existe
o céu, o limbo ou o purgatório dos animais? E das consciências?...»,
pergunta o personagem deste monólogo teatral, um homem sem nome que vive nas ruas, carregando um cão, um velho sofá, uma garrafa de água e alguns jornais e revistas velhos.
Misto de filósofo, perdido, sonhador e desencantado, o homem descobre um dia que a vida pode perder o sentido com a morte do único amigo e guia espiritual, que tem quatro patas, um focinho, um rabo que o abana e o latido que o desperta.
Contista e poeta muitas vezes premiado e autor de inúmeros títulos de literatura infantojuvenil, Luís Pimentel publica agora um texto de teatro, um monólogo cheio de intenções, de força e de silêncios.