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Como escrever após o desastre, com o desastre? Se Drummond já dizia que “Minas não há mais”, as tragédias de Mariana e Brumadinho expõem as feridas de uma terra tão rica e tão devastada, e o preço que se paga pelo extrativismo desenfreado ao longo dos anos e décadas. Em O gosto amargo dos metais, Prisca Agustoni compõe uma obra poética de rara beleza, partindo dessa matéria-prima feita de uma avalanche de lama e das ruínas de um rio e de uma terra que ainda sobrevivem, como registra Celia Pedrosa: “essa trama de excessos e destroços, alturas e abismamentos é atravessada pelo refrão que faz o poema começar e recomeçar pela palavra Watu, nome ameríndio do Rio Doce. Escavando o rio e o tempo, neles figurando ‘dedos como garras/ debaixo d’água’ que são também ‘ramagens enxame de cabelos/ colmeias/ metamorfoses de formas/ e folhas’, Prisca escava com força também a língua, evitando todo imediatismo e reativando “a fúria de refundar algo em cima da ruína.
Nome
O GOSTO AMARGO DOS METAIS
CodBarra
9786559053377
Segmento
Literatura e Ficção
Encadernação
Brochura
Idioma
Português
Data Lançamento
13/05/2022
Páginas
80
Peso
160,00
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