A águia é uma ave de rapina capaz de identificar a sua presa com precisão mesmo do alto, durante o voo ou do topo de uma árvore. Há até a expressão “olhos de águia” para se referir a alguém que enxerga muito bem. Esse livro se passa em uma região bastante fria, quando, durante o inverno, um filhote macho de águia chamado Hankpa faz o seu primeiro voo fora do ninho e é capturado por indígenas. Os indígenas dessa aldeia buscam nas habilidades das águias ajuda para caçar e encontrar alimentos. Estabelecem com elas um código, uma espécie de lei ancestral que une humanos e águias num contrato de apoio mútuo. Na aldeia, Hankpa passa a conviver com as outras águias e aprende a caçar. Os novos aprendizados vão guiar a águia filhote em seu crescimento, assim como nos desafios que ele terá que enfrentar para cumprir suas responsabilidades. Afinal, a vida da aldeia depende dele. Com um texto de fácil entendimento que envolve o leitor, o livro segue contando duas histórias em paralelo: a trajetória da aldeia e da águia. Além de narrar o que acontece entre eles e como vivem essas aves selvagens, a obra fala sobre assuntos importantes, como crescimento, amadurecimento, companheirismo. Ao crescer, Hankpa se depara com a necessidade de constante mudança que, muitas vezes, exige que se abra mão de momentos que ficarão no passado. Escrito por Paola Giometti, esse livro traz uma história emocionante que, além de ter muita aventura, cativa pela sensibilidade da narrativa que leva o leitor a entender o comportamento águias. Além de ser escritora, Paola é bióloga e mestre em ciências. Essa formação permite que ela transporte para a ficção detalhes e informações sobre a vida dos animais que enriquecem o texto.