Utilizamos cookies para melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossa política de privacidade. Política de Privacidade..
Inspirado na minuciosa documentação existente sobre a Inconfidência Mineira, o autor nos faz reviver, em comoventes versos, essa página dramática da história de nosso país, com muita emoção e indiscutível beleza.
São oito capítulos, cujo primeiro intitula-se Antecedentes e dedica-se à morte de Felipe dos Santos, ao Alvará Real de D. Maria I, ordenando que "todas as fábricas, manufaturas ou teares" sejam extintos em benefício apenas da extração do ouro e diamantes, e, por fim, à contundente indagação sobre "como viver apenas da mineração?"
Seguem-se os capítulos II - Conspiração ("Tudo começou naquele batismo na casa do Toledo." [...] "Não sabíamos ainda o que o futuro nos havia reservado.") e III - Cláudio Manuel ("Muita gente / assegura / que daquela altura / ninguém / consegue se enforcar / sem ajuda, dedicada / de outro / alguém."). Em um crescendo de arrebatadora emoção, o poeta tece seu capítulo IV – Os Autos da Devassa, ..."a que mandou proceder / o Doutor Desembargador desta Capitania / por ordem do Exmo. Sr. Visconde de Barbacena / sobre a sedição e levante / que na mesma se pretende exercitar."
No capítulo V – A Repressão, instala-se uma obstinada busca - "Vamos desmontar essa terrível teia" -, começando pela caça ao Padre Rolim, com uma notável descrição física de sua pessoa. Sucedem-se as prisões dos rebeldes, ficando liberto João Rodrigues de Macedo, considerado o banqueiro da Inconfidência, sobre qual fato o poeta indaga: "O que foi feito do Macedo? / O rico sempre escapa / nas dobras da noite / quando ainda é cedo." O capítulo VI – A Prisão traz versos comoventes sobre "a visão limitada / do horizonte da cela", onde o passar do tempo recebe imagens dramáticas, como "o tempo na cadeia apodrece" ou "o tempo na cadeia / encharca, acumula. / Noite a noite; dia a dia, / pinga, coagula".
Tiradentes é o título do Capítulo VII, com as quatro inquirições a que foi submetido o herói inconfidente, Joaquim José da Silva Xavier, cujo perfil é traçado quando se coloca a questão: "Ele falou? / Não, continua acusando / quem o delatou. O restante negou." E, negando sempre, inspira mais este verso: "Mas ele é corajoso e forte. / Parece não temer a morte." Porém, tendo em vista os novos fatos, resolve dizer a verdade de forma clara e fala: ..."que era seu projeto / que esta América fosse uma República / independente de Portugal, / que desviava há séculos nossas riquezas, / como se do mar todo dia / fosse retirado parte do seu sal."
E chega-se ao Capítulo VIII – Libertação, quando o leitor já estará tomado pela emoção, ao reviver a dramática punição de Tiradentes em linguagem poética e amorosa, que lhe empresta versos como estes: "Não quero morrer sem sentir / de novo o gosto da liberdade. [....] Sentir que depois de nós / muitos muitos outros virão: / povo – teu nome é o futuro - / país – tua praça é a multidão."
Nome
O ALFABETO DA DEVASSA
CodBarra
9788532518125
Segmento
Literatura e Ficção
Encadernação
Brochura
Idioma
Português
Data Lançamento
Páginas
114
Peso
228,00
Configurações de Cookies
Este site utiliza cookies para melhorar a sua experiência. Você pode escolher quais cookies deseja ativar.
Esses cookies são essenciais para o funcionamento do site e não podem ser desativados.
Esses cookies ajudam a melhorar o desempenho do site.
Esses cookies permitem que o site memorize suas preferências.
Esses cookies são usados para personalizar anúncios.