Por meio de pesquisas em jornais da época e em acervo familiar inédito, Juliana Carneiro e Victor Melo partem de um passeio pela vida cultural da Campos na transição dos séculos XIX e XX, sugerindo que as ações de Francisco de Paula Carneiro e a criação de sua mais notável obra, o Teatro Trianon, só podem ser plenamente compreendidas no cenário de uma cidade em transformação, na qual, a despeito de sua vocação rural, percebe-se um processo de urbanização, de adesão a ideais de civilização e progresso, de vitalidade cultural. O livro discute como nesse âmbito se delineou o perfil do obstinado empresário que desejava inserir a “Pérola do Paraíba” no circuito artístico nacional, intenção que fica clara na programação da casa teatral, nessa obra discutida como sinal de sua pujança.