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O meu reencontro com velhos companheiros do movimento estudantil, passados quarenta e cinco anos de nossa militância conjunta, animou-me a publicar um livro rememorando e refletindo sobre o enfrentamento à ditadura e suas barbaridades. Conceder o indulto do esquecimento aos que praticaram o terrorismo de Estado é imputar-lhes inocência. Assim, coloquei em prática um remoto projeto de lembrar aquele tempo por meio do meu testemunho em defesa das liberdades democráticas. Retalhos de vida dos que foram para a esquerda, apresentados numa longa crônica costurada pelos ideais do socialismo numa América Latina unificada. Tenho muitas razões para publicar este livro. A primeira delas é para comemorar a democracia institucional, ampliar as liberdades democráticas e avançar no direito que todas as pessoas devem ter de manifestarem o seu pensamento, de darem o sentido que quiserem às suas vidas, de viverem em paz e em fraternidade, e até mesmo isoladas, se assim o desejarem. A segunda é porque encontrei o estado de espírito e a calma que considerava necessários para poder escrevê-lo. Desconfio que pela idade que cheguei tenho uma sensação de mais tranquilidade e paz comigo mesmo - não com a sociedade contemporânea -, a vida mais ou menos controlada, dando um jeito no que vai vindo. A terceira é porque a atual liberdade que desfrutamos, devemos muito aos combatentes, mortos e sobreviventes, da resistência ao regime militar. E porque acredito que os governos nacionais e populares que temos podem nos permitir trilhar um caminho mais seguro para o futuro do socialismo democrático, uma nova organização social e econômica que permita uma vivência mais harmônica e equilibrada entre todos. Outro motivo para libertar estas palavras é porque na verdade sabe mos certas coisas que não queremos guardar para sempre no adormecimento da memória, pois podem significar algo para alguém. Fiz muitas coisas na minha vida, de tudo um pouco. Aqui uso duas práticas que desenvolvi: jornalismo, fazendo jornais, e literatura, editando livros. As duas no sentido mais prosaico que possam ter, mas agudamente. Como editor, foi difícil deixar outros livros para cuidar deste. Agora terminei.
Nome
NAO ESQUECEMOS A DITADURA: MEMORIAS DA VIOLENCIA
CodBarra
9788574748764
Segmento
Humanidades
Encadernação
Brochura
Idioma
Português
Data Lançamento
01/01/2015
Páginas
360
Peso
520,00
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