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MORTE E RESSURREIÇAO DOS DEUSES: ENSAIO DE...CRISTAO
A teologia contemporânea encontra-se desde o final do século XIX em face de grandes desafios. Diante da inexorável experiência da morte de Deus, com todas as consequências não apenas para a religião, mas também para a própria existência do homem ocidental que vieram à tona por meio de tal experiência, não foi apenas a dogmática cristã que se viu suspensa. Ao contrário, a própria chave de leitura dos problemas religiosos experimentou uma radical transformação. Se tradicionalmente se pensou a posição de Deus como uma posição ligada a categorias eternas e imutáveis, à consistência mesma do plano do fundamento e ao caráter peculiar de uma causa que, sendo a causa de todas as coisas, não carecia ela mesma de causa alguma, a dissolução de toda e qualquer possibilidade de se pensar a partir de uma dicotomia entre sensível e suprassensível ou entre o mundo dos homens e o mundo de Deus repercutiu diretamente sobre o modo mesmo de relação com o problema de Deus.
Não podendo mais operar por meio da suposição da absoluta perfeição divina, não havendo mais qualquer base de sustentação na suposição existencial do divino como constituído por todas as perfeições que podemos imaginar mais aquelas que, por nossa razão finita, não temos como imaginar, a teologia contemporânea despertou uma vez mais para o mistério em Deus, para o indevassável de todo ente, de todo campo de manifestação, de cada pequena parte do infinito espaço da aparência. Nesse novo horizonte de colocação do problema do divino, o caráter polimorfo do sagrado ganha um lugar privilegiado de tematização.
Superar a centralidade deicida do deus único, para usar uma expressão do autor do presente livro, é reencontrar o divino em uma pluralidade de formas não centralizáveis, em um feixe de relações que a cada vez se complexificam ainda mais e que exigem de nós uma abertura para uma sacralidade sem autoridade, sem balizamentos identitários, sem idiossincrasias excludentes e autoasseguradoras. Essa pluralidade, por sua vez, não implica apenas um enriquecimento do campo dos Deuses enquanto figuras ressignificadas em sua deidade, mas também um enriquecimento de nosso existir, de nossa relação incontornável com a polimorfia aviltada pelo deus cristão. Neste sentido, o livro de Alexandre Marques Cabral faz mais do que questionar o monótono-teísmo cristão, ele abre o espaço para que finalmente, depois de dois mil e quinhentos anos, talvez nos venha a coragem para inventarmos novos deuses.
Nome
MORTE E RESSURREIÇAO DOS DEUSES: ENSAIO DE CRITICA AO MONOTONO-TEISMO METAFISICO CRISTAO
CodBarra
9788564565364
Segmento
Humanidades
Encadernação
Brochura
Idioma
Português
Data Lançamento
Páginas
158
Peso
205,00
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