O ano de 2016 se caracterizou pela polarização política, expressa, no Brasil, pelas manifestações contra ou a favor do impeachment de DIlma Rousseff, e, no exterior, pela eleição de Donald Trump e o resultado Brexit. No âmbito arquitetônico brasileiro, a pior crise econômica da história congelou projetos e gerou demissões. Procurando flores no deserto, as realizações que se sobressaem são tema do anuário 2016: na esteira das Olimpíadas do Rio, destacam-se a Arena do Futuro e a Orla Conde; a cultura vibrou com a Filarmônica de Minas Gerais, a sede da CNM reiterou a esperança nos concursos e o Residencial Duarte Murtinho foi um alento no cenário da habitação social brasileira; por fim, a loja da Dpot demonstrou a excelência do design nacional enquanto o Pop XYZ revelou o limite da vanguarda nos prédios de apartamentos. Outras boas novas vieram do exterior, como o conjunto de Silves, em Portugal, e os três primeiros de Paulo Mendes da Rocha - o Leão de Ouro de Veneza, o Imperial do Japão e a Medalha de Ouro do Riba, da Inglaterra -, que o consagraram como um dos profissionais vivos mais laureados.