Henri Meschonnic discute neste livro o tema da modernidade fugindo das dualidades que habitualmente acompanham a discussão, tais como o moderno contra o antigo, o pós-moderno contra a modernidade ou a vanguarda e a modernidade. Para Roberto Zular, o autor atualiza um debate fundamental para compreendermos o contínuo que faz da modernidade uma aventura ao mesmo tempo do presente e do passado, da linguagem e da história, do sujeito e da sociedade. Segundo ele, a singularidade da análise de Meschonnic está em colocar-nos nesse presente sempre se fazendo que reinventa a relação com o passado e o futuro. Daí por que a poética ­- esse colocar em ato do presente - se faz política, isto é, reinvenção dos nossos modos coletivos de sentir e de viver. Mas só há modernidade quando poética e política são atravessadas pela ética.