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Junho de 1933 em Genebra, a calma — e algo monótona — metrópole suíça.
No coquetel que precede o início dos trabalhos da 28ª edição da Conferência Internacional do Trabalho, um homem de aspecto rude entretém os jornalistas com reclamações acerca da falta de apoio dos colegas ao seu nome, para integrar uma das principais comissões do evento. Trata-se do líder sindicalista alemão Ley — um amigo particular do Führer Adolf Hitler. “Ouçam bem: entre eles estão Cuba, Uruguai e Bolívia e não sei quantos idiotas sul-americanos mais. Acreditem que o delegado fascista (italiano) e eu temos atrás de nós mais milhões de homens do que toda essa bolha de sabão”, dispara o Nazista.
O episódio, que as chancelarias da América do Sul (favorecidas pela ausência dos meios de comunicação de massa) logo trataram de abafar, foi apenas um dos incidentes provocados pelo hitlerismo que envolveram os representantes da América Latina na Europa. Em Bremen, cinco anos antes, um cônsul brasileiro tomou uma surra de milicianos do nazismo. Justificativa? Fora confundido com um judeu.
Missão no Reich, do pesquisador e jornalista brasileiro Roberto Lopes, que a Odisséia Editorial tem a honra de trazer à lume, é o mais completo e fascinante mergulho no tenso mundo dos desconhecidos (e desprestigiados) diplomatas latino-
Estrangeiros eram agredidos e insultados nas ruas, judeus desapareciam sem deixar rastro, e, ainda assim, dezenas de diplomatas da parte pobre da América — que representavam nações sem poderio militar — se deixaram seduzir pelos métodos implantados pelo Regime Nacional-Socialista. “Essas [...] medidas, já aconselhadas por tratadistas de direito administrativo, ao serem colocadas em prática com patriotismo e energia, fizeram renascer a fé e a confiança e abriram as portas de um porvir melhor para a Alemanha”, relatou a seus superiores, em janeiro de 1934, o cônsul-geral da Guatemala em Hamburgo, Faustino Padilla.
Usando de uma metodologia inovadora, o autor reconta a história da primeira fase do relacionamento da América Latina com o nazifascismo através do comportamento de seus agentes diplomáticos e consulares na Europa.
Missão no Reich é um livro denso, dramático e, por suas inúmeras revelações, verdadeiramente surpreendente. Ou, como resume a historiadora Maria Luiza Tucci Carneiro — maior especialista do país em assuntos do holocausto —, “uma importante contribuição à historiografia brasileira”.
Nome
MISSAO NO REICH: GLORIA E COVARDIA DOS DIPLOMATAS LATINO-AMERICANOS NA ALEMANHA DE HITLER
CodBarra
9788586368448
Segmento
Humanidades
Encadernação
Brochura
Idioma
Português
Data Lançamento
Páginas
560
Peso
825,00
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