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No país do futebol, os atacantes são as estrelas, mas foi Nilton Santos quem brilhou na defesa e inverteu os holofotes. Eleito em 2000 pela FIFA o melhor lateral-esquerdo de todos os tempos, o zagueiro repassou na autobiografia Minha bola, minha vida as lendárias campanhas pelo Botafogo, a parceria dentro e fora dos campos com Garrincha, as quatro Copas do Mundo disputadas e, claro, o bicampeonato (1958, na Suécia, e 1962, no Chile). Morto em novembro de 2013, o livro acaba de ganhar uma 2ª edição atualizada pela Gryphus Editora.
O jogador, ao revolucionar o papel da defesa nos campos brasileiros, entrou definitivamente para hall dos grandes jogadores do mundo. Logo nas primeiras páginas do livro, são os colegas e amigos do esporte quem homenageiam o lateral-esquerdo em uma sequência de depoimentos. Segundo Bellini, capitão da Seleção Brasileira em 1958, Santos foi “um dos maiores laterais-esquerdo do mundo, senão o melhor”. Já Gérson, o Canhotinha de Ouro, destaca o papel do amigo e mestre, com quem jogou pelo Botafogo. O domínio completo do ofício levou o zagueiro a ser conhecido como a “enciclopédia do futebol”. Não é para menos, o lateral-esquerdo foi o que se pode chamar de um jogador completo. Ou como definiu o jornalista Armando Nogueira, que assina o prefácio da edição, Santos “driblava bem, passava melhor ainda”. E o segredo, como o próprio lateral-esquerdo veio a confessar posteriormente, era ser amigo de infância da bola.
Recordista de partidas pelo Botafogo (foram 718 jogos disputados entre 1949 e 65), Nilton Santos dedica boa parte do livro para rememorar a trajetória pelo Alvinegro. Recorda os personagens folclóricos – como Ximbica, Neném Prancha, Anísio Babão e Arrepiado – os principais treinadores, entre eles João Saldanha e Gentil Cardoso, e os maiores atletas que viu jogar.
Ao companheiro de time e amigo pessoal, Mané Garrincha, Santos dedica um capítulo à parte, em que enaltece a genialidade do ponta-direita mais célebre da história, expoente do futebol-arte, como também aborda o problema com o alcoolismo, responsável por sua morte precoce. A proximidade com o craque dentro e fora dos campos permitiu a Nilton Santos ter acesso privilegiado ao drama de Garrincha. E esse é o tom que prevalece no livro, como no trecho em que descreve o sentimento com a perda do jogador: “Assim era o Garrincha; ingênuo, uma criança sem maldade. E assim ele se foi, mas continuará sempre para nós, os fãs, ‘a Alegria do Povo’.”.
O zagueiro foi testemunha da profissionalização do esporte no Brasil e viu a seleção ganhar notoriedade internacional até se tornar o principal símbolo de projeção do país. Mas não sem antes amargar as derrotas em 1950, jogando no Brasil, e em 1954, na Suíça. O jogador recorda, por exemplo, a tragédia na final da Copa de 1950 contra o Uruguai no Maracanã e a define como um mal que veio para o bem. A vitória inédita em um mundial só viria na Suécia em 1958, ano-chave para o que denomina o início do período de ouro do futebol brasileiro. E que voltaria a se repetir em 1962. Santos jogou pela seleção nas quatro ocasiões. Criado nas peladas da Ilha do Governador, Rio de Janeiro, o jogador soube como poucos afastar o perigo da pequena área. Começou a jogar como ponta-esquerda. O encontro com Carlito Rocha, o bruxo alvinegro, definiu a mudança para a zaga no time carioca; e foi místico do futebol botafoguense quem profetizou: “na defesa, você será campeão carioca, campeão do mundo”. A história veio para confirmar a profecia.
Nome
MINHA BOLA, MINHA VIDA: BIOGRAFIA
CodBarra
9788583110187
Segmento
Literatura e Ficção
Encadernação
Brochura
Idioma
Português
Data Lançamento
18/04/2014
Páginas
218
Peso
350,00
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