Migalhas de um banquete poderia ser considerado um livro de memórias, uma autoficção, um manifesto teatral ou um tratado de nostalgia. Podemos, inclusive, levar a crer que se trata de colocar ordem no caos que se instala quando somos levados por um sonho.
Érico Silveira Carneiro nos conduz com maestria entre uma jornada quase arqueológica pelos grupos de teatro numa Europa em erupção entre o final dos anos 60 e os anos 70, e por uma Niterói ainda bucólica que se divertia com a chegada de um astronauta no espaço e brincadeiras de meninos numa pracinha mal-iluminada.
Somos convidados e convidadas a testemunhar o que há para nós do grande banquete que a vida nos oferece.