Utilizamos cookies para melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossa política de privacidade. Política de Privacidade..
MEEIROS DE CAFE: GENTE E OCUPAÇAO DA ZONA...CAPARAO
Vivaldo Barbosa é conhecido como político de luta. Não qualquer luta, mas a da justiça social, a mais importante de todas. Com esse livro demonstra também cultura e sensibilidade de historiador.
A história é um dos gêneros literários mais difíceis. Apoiada em técnicas científicas (ela própria não é uma ciência), só se realiza quando é contada ou lida, o que exige do historiador talento narrativo. Talento narrativo não é “escrever bem”, mas seduzir o leitor, levá-lo a viver a aventura existencial que o historiador lhe apresenta. Os bons livros de história – como este Meeiros de café. Gente e ocupação da zona proibida do Caparaó – nos pegam pelo pé. São, como o livro de Vivaldo, um exercício de alteridade: viver a vida do outro e, com isso, se acrescentar de humanidade.
Marc Bloch escreveu que o historiador fareja a caça humana onde ela estiver. Em Caparaó, um nome que nos traz imediata reminiscência, boa e má, Vivaldo farejou gente. Ali onde os de fora só vêem o inóspito, a selva, o inacessível, ele sabia que se esconde uma aventura existencial. Sabia por que é de lá, sua família viveu a trama fabulosa de ocupação da terra. O DNA da história brasileira, digamos assim, é essa ocupação do deserto (corruptela de desertão) por gente de toda a parte – Suíça, Espanha, Japão... daqui mesmo, um deslocamento incessante que deixa no seu rastro sangue e mais sangue mas, também, sementes de uma nova gente.
O povo brasileiro se construiu pelo enfrentamento do proibido, este é o universal brasileiro. Assim, ao contar a ocupação da Zona Proibida do Caparão, no centro-leste, Vivaldo casa, dialeticamente, o universal com o particular – um dos mandamentos do método histórico. O leitor verá também, do primeiro ao último parágrafo, que a história daquela gente é a história de Vivaldo, que ao falar dela está falando de si: o objeto estudado preenche o sujeito que estuda. Estamos entre a história e a saga.
É ocioso chamar a atenção do leitor para qualquer parte do livro, capítulo, episódio, conclusão Se tivesse de escolher apenas uma, ficaria com a contextualização histórica da venda como intermediação necessária entre o fazendeiro e o meeiro.
Nome
MEEIROS DE CAFE: GENTE E OCUPAÇAO DA ZONA PROIBIDA DO CAPARAO
CodBarra
9788571063907
Segmento
Humanidades
Encadernação
Brochura
Idioma
Português
Data Lançamento
Páginas
476
Peso
685,00
Configurações de Cookies
Este site utiliza cookies para melhorar a sua experiência. Você pode escolher quais cookies deseja ativar.
Esses cookies são essenciais para o funcionamento do site e não podem ser desativados.
Esses cookies ajudam a melhorar o desempenho do site.
Esses cookies permitem que o site memorize suas preferências.
Esses cookies são usados para personalizar anúncios.